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"Somos todos iguais, braços dados ou não"

Confie... as coisas acontecem na hora certa.
As coisas acontecem exatamente quando devem acontecer!

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Momentos difíceis, busque a Deus.
Momentos silenciosos, adore a Deus.
Momentos dolorosos, confie em Deus.
Enfim...
Em Cada momento, agradeça a Deus.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Escolhendo o Repertório

Para Ministros e Ministérios de Música

Creio que todos já participamos de momentos inesquecíveis de louvor, oração e adoração, onde “aquela música” foi fundamental para que a Graça de Deus nos atingisse e renovasse a nossa vida. Podemos lembrar-nos das muitas vezes que Deus utilizou determinada canção ungida para falar diretamente aos corações necessitados, levando os participantes às lágrimas que, mais que emoção de momento, são sinal de verdadeira libertação.

Uma das principais dúvidas do ministro de música é o repertório que deve escolher para o momento do louvor, para a adoração, para tocar no grupo de oração, etc. Se você está se preparando para ministrar o louvor com o seu violão em um pequeno grupo de dez pessoas ou para conduzir um momento de adoração ao Santíssimo com o ministério completo (banda completa) e 500 pessoas num ginásio, a questão do repertório sempre vem à tona. Saber escolher a música certa (o repertório como um todo) para um público específico é questão de grande importância. A oração, a pregação, a presença do Santíssimo Sacramento são o centro do encontro, mas a música é parte integrante, essencial e confluente com muitos outros elementos e inspirações do Espírito para estes momentos.

Os que exercem o ministério há mais tempo poderão dizer: “eu deixo simplesmente o Espírito me conduzir e canto/ministro as músicas que Ele me inspira”. É verdade. Muitas vezes o responsável pelo louvor já passou muitas vezes pela “rotina” de rezar, se colocar de joelhos diante de Deus e discernir quais músicas Ele quer utilizar para alcançar o público de determinado evento, e já se “habituou” a processar tudo isso (o hábito ao qual me refiro é o de entrar em oração e intimidade com o Senhor antes desses momentos). Assim, processam rapidamente os diferentes elementos (tipo de evento, de público, de local, etc.) do momento de louvor/adoração e colocam tudo diante de Deus, que conduz seu coração no sentido da edificação (conf. I Cor 14,12) da Igreja de Cristo.

Hoje há músicas sendo tocadas nas mais impensáveis situações, sem que haja preocupação com o contexto ou os temas dos momentos (oração, louvor, evangelização, adoração, velório), mas como ela é do último CD daquele “grupo famoso”, o nosso ministério tem que tocar. Não devemos tocar e cantar somente porque “tal música” está no topo das “paradas de sucesso” e “todo mundo está tocando”, mas porque sentimos que há uma unção especial para tocá-la em certo momento. Graças a Deus, hoje temos CDs e canções belíssimas no meio católico, mas o povo de Deus (para quem nós tocamos e servimos) merece mais que beleza. Merece unção. Merece a música certa, no momento certo e com excelente qualidade (bem cantada e executada).

Estas são algumas perguntas que você deve se fazer na hora de montar um repertório:

1. Qual o tipo de evento?
É um grupo pequeno que irá cantar pela primeira vez? É um grupo de pessoas mais experientes, que conhecem “todas” as músicas? Será um evento ao ar livre? Uma adoração ao Santíssimo? Um retiro com o tema conversão? O público será mais jovem ou adulto?

2. Qual a realidade do lugar?
O que o grupo de oração está vivendo? Qual o tema da formação? Qual o tema do evento? Qual realidade específica o grupo/comunidade está vivendo? Se o evento é em outro bairro ou cidade, qual a história do povo deste lugar? O que Deus colocou na oração por esta missão?

3. Quais músicas me vêm ao coração?
Uma coisa é certa: é difícil ministrar uma música que não nos toca ou que não tem um estilo ou arranjo que nos agrada. É verdade. Mas em certos momentos, é aquela música que achamos “fraquinha” ou “das beatas” que vêm ao nosso coração e é ela que tem a unção pra fazer todos os presentes terem aquele momento especial com o Senhor Jesus. Por isso, escutemos, estudemos e estejamos preparados para ministrar, tocar e cantar qualquer música. Mesmo que o seu ministério, “banda”, grupo tenha um estilo próprio, não esqueça que a sua função é servir (da última vez que vi no dicionário, ministro ainda queria dizer “aquele que serve”) e o seu repertório tem que estar aberto a todas as músicas, aberto à Vontade de Deus.

“Nele é que fomos escolhidos, predestinados segundo o desígnio daquele que tudo realiza por um ato deliberado de sua vontade, para servirmos à celebração de sua glória, nós que desde o começo voltamos nossas esperanças para Cristo.” (Ef 1, 11-12)

Roberto Aires

Fonte: http://www.graodetrigo.com.br/blog/?p=45

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